“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça ou doente do pé”, já dizia Dorival Caymmi, sobre um dos gêneros musicais mais tradicionais do país. Também com esse espírito que os foliões do Carnaval de Salvador estiveram presentes na Praça da Cruz Caída, no Centro Histórico, nesta sexta-feira (13), para a primeira noite da Arena do Samba. E as atrações deste sábado (14) prometem repetir o efeito diante do grande público, com o ciclo de shows iniciando às 18h com os Negros da Fé, seguidos pelo som de longa data de Neto Bala, dos batuques do recôncavo baiano de Samba Chula São Braz, o Samba de Tamanco e, encerrando a noite, Ginga Sensual.
Nos próximos dias, o palco ainda será comandado pelo grupo Fora de Mídia, Neto Bala, Sangue Brasileiro, entre outras atrações, que se revezam para garantir que os quadris e os pés dos amantes do samba não fiquem parados um segundo sequer. Toda a programação da Arena do Samba está disponível no site www.curtacarnaval.com.br.
“A ideia da Arena é que ela possa ser um espaço para prestigiar o trabalho dos diversos sambistas de Salvador e da Bahia, independentemente do apreço que a pessoa possa ter por esse ritmo musical. Sabemos que todos os ritmos que hoje marcam presença no carnaval tiveram origem, ou mesmo uma influência do samba, de modo que o palco deverá priorizar não apenas o samba de roda, mas também o samba chula, o samba de breque. Todos os ritmos que integram esse gênero musical”, explicou o presidente da Rede de Cultura, Osvaldo Guimarães, que é um dos idealizadores do projeto.
A Arena do Samba é uma das grandes novidades da folia momesca de Salvador, e tem a proposta de ser um espaço reservado para os músicos locais que vivem do gênero que teve suas origens no Recôncavo baiano. Até a próxima terça-feira, diversas atrações estarão se apresentando no palco Praça da Cruz Caída, sempre a partir das 18h.
Aprovação - Com muito gingado e extroversão, o cantor Diumbanda foi a primeira atração a subir no palco de Arena na noite de ontem (13). O ex-vocalista das bandas É o Tchan e Companhia do Pagode trouxe em seu repertório, sucessos de sua carreira, contagiando um público da mais variada faixa etária. Ao final do show, o artista agradeceu a oportunidade de poder dar início às apresentações da arena, e elogiou a iniciativa do prefeito ACM Neto em possibilitar o surgimento de mais um espaço alternativo para o Carnaval.
E o que os espectadores mais valorizaram foi a oportunidade de ouvir um bom samba de raiz, em um espaço próprio para isso. Para a aposentada Lúcia da Silva Reis, que mora na Federação, esse é o tipo de espaço que estava faltando em uma festa tão plural e diversificada quanto o Carnaval soteropolitano. “Eu sempre gostei do meu Carnaval de modo geral, mas sempre achei que o samba poderia ter um espaço maior na festa, um local que fosse só dele. Agora já posso dizer que a festa está completa”, explicou ela.
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